Sinto o esforço do meu corpo
E o que me mantém viva se esvai
Um gás escapando pelo orifício que eu
propositalmente deixei de tampar,
chiando silencioso e imperceptível
Desmaterializo ao me afastar,
basta recuar quatro passos para o afastamento pintar uma tela noturna
Não estou ali, estou sumindo,
não conheço aquelas pessoas, elas não me conhecem
é assim que eu não estou ali
Meu corpo quer estar, não quer me deixar ir
Todo o barulho não é capaz de me dizer nada
Forço a memória
Eu morro enquanto procuro pela música com as notas que me traduzem
mas ela foi embora com a parte que eu deixei ir
que escapou pelo meu pequeno furo